Thursday, January 28, 2016

Os Must not Give Away..


Dei comigo a pensar nas peças de roupa que guardo há mais tempo. Não fora o factor  "recuperação pós-parto" ter acontecido muito ao de leve, ainda guardava o guarda-roupa de há 20 anos.

Dou cada vez mais importância a peças intemporais e compro muito pouca roupa para mim, por várias razões.

Com a presunção de que isto interessa a alguém, as peças de roupa mais antigas que ainda uso são 3:

um cachecol estilo escocês, que o meu dad trouxe de uma das suas viagens ao País de Gales, quando eu tinha 12 anos.

uma camisa de xadrêz, que ficava fotograficamente registada em todos os acampamentos da Páscoa do GBU, mais ou menos a partir do ano 97.

e

um casaco de pelo branco, fofinho e quentinho com botões enormes, comprado nos saldos há cerca de 15 anos quando estava no meu 4o ano da faculdade.

Wednesday, January 27, 2016

A ficar crescido..


há pouco tempo foi "o dia em que caíu o 1º dente" e hoje foi o dia em que cortou o cabelo no cabeleireiro dos crescidos e pela primeira vez não "fez fitas"..

Saturday, January 23, 2016

aprender brincando..

A fase das letras e dos números começou demasiado cedo: aos 20 mêses tinha decorado as marcas dos carros e logo a seguir, vieram as matrículas e as palavras das marcas escritas. Tudo fruto duma extraordinária memória visual e auditiva, que o cérebro dele tem destas coisas.

Agora que é preciso, parece ter estagnado.
Apesar da convicção de que a aprendizagem deve ser um jogo, uma brincadeira e vice-versa, no caso particular do G, é mesmo essencial. Tudo tem que ser lúdico, mas muitas vezes falta a paciência a esta mãe chata e ordeira que quer controlar tudo.
Valha-nos o avô que aparece com uns dados coloridos em casa e um caderno. O jogo  consiste em atirar o dado, contar as pintas e escrever no caderno o número correspondente, ao que ele adere com algumas reservas, mas lá se vai entusiasmando com o resultado, nem que seja para nos ver felizes!

Thursday, January 21, 2016

O Vizinho Joaquim..

Todos deviam ter um..

É ele quem me abre o portão todas as manhãs e quando regresso, já está fechado. Gosta de calças de xadrêz e de sapatos de camurça.

Ralha comigo, no seu sotaque do Norte que não consigo especificar, porque deixei a luz da lanterna exterior acesa e dá caramelos aos miúdos, que eu me apresso a esconder. Poda as árvores dos vizinhos e anda de café em café em busca de companhia e conversa.

Quando regresso da escola, a pergunta de retórica é sempre a mesma: "Então, já foste levar a canalha?!", ao que eu respondo com um tímido, "sim, já estão entregues".

Não pode ver os sacos da reciclagem e do lixo junto ao portão e quando dou por mim, já os despejou a todos no lixo. Quando venho do supermercado, faz questão de mostrar que notou que eu estive fora e tece variadissimos comentários aos sacos das compras.

Hoje pregou-me um susto! Estava eu de olhinhos fechados a desfrutar de um raríssimo momento de rádio (a ouvir Depeche Mode), quando ele me bate à janela do carro e começa a rir: "ENTÃO, JÁ FOSTE LEVAR A CANALHA, OU QUÊ??"

Entre o vizinho Joaquim e as galinhas da vizinha São que nos comeram as alfaces todinhas, acho que a vizinhança até que é boa..

Saturday, January 16, 2016

O 19 - A..

Foi no 19 -A  que passei grande parte da minha primeira infância; foi aqui que aprendi a ler e a escrever e tudo o que houvesse para saber, que a alma duma criança de 5 anos é grande.

Neste poial sentava-me nas tardes de Verão e da janela espreitava a chuva e o granizo a cair.

Mais tarde  veio a bicicleta, que ficava guardada no quintal. A avó Bel ralhava por lhe sujar o chão. Ai que saudades daquele chão de mosaico hidráulico, que só há relativamente poucos anos aprendi a apreciar: losângolos verdes com efeito 3D. Lindo de morrer!

Este passeio em cimento era palco do "jogo da macaca", do jogo do "mata" e do salto do elástico; percorria-o todos os dias para ir à mercearia da Dª Almerinda (porque a do lado,  "a Silvéria é careira"); daqui saía muitas vezes de braço dado com a avó para ir à Igreja ou para acompanhá-la nos seus afazeres.

A carrinha da Igreja, "a Joaninha", como lhe chamavam, estava sempre aqui estacionada à porta, na sua "Base", embora o avô não a conduzisse, mas sim o meu pai; daqui saíamos para muitas aldeias e aqui regressava, já de noite, de muitos lugares, depois de ouvir muitas conversas.

O quintal enorme, tinha flôres e aromáticas por todo o lado, uma das grandes paixões do meu avô, que as distribuía por toda a gente que precisasse dum cházinho.

Esta pose dos dois à porta de casa era típica das despedidas; despedidas dos meus tios e primos quando regressavam a Lisboa depois do Natal e Páscoa; despedida de alguma visita que vinha de mais longe.

Há dias encontrei este quadro guardado no escritório do meu dad. Pintou-o por ocasião da comemoração dos 50 anos de casados dos meus avós. Surrupiei-o discretamente e hoje foi o dia de pendurá-lo na minha sala. E agora cada vez que olho para ele, avivam-se em mim as suas vozes, as suas gargalhadas e sorrisos.

Thursday, January 14, 2016

Wednesday, January 13, 2016

Ano Novo..

.. Agenda Nova!



Enclausurada em casa com os miúdos desde as férias do natal, hoje finalmente foram à escola, depois de constipações e inflamações e alarmes de varicela.

iuupiiii, pude finalmente respirar (e ir à esteticista); andar na correria do costume, entre terapias e as compras e afins, mas, sim.. pude respirar e por fim ir comprar uma agenda, sem a qual não funciono, logo, nada funciona cá em casa.

Sou a pessoa das listas; listas de compras, de tarefas, de sonhos, de idéias; listas e mais listas. Às vezes perdem-se os papelinhos, outras vezes  repetem-se pela casa.

Já perceberam, que não me dou nada bem com as agendas e lembretes dos telemóveis. Eu gosto mesmo é de riscar e marcar cruzinhas. Todos os anos, vou em busca da agenda perfeita para usar durante 365 dias.. 365 DIAS! é bom que seja leve, e com a semana completa numa página. E urgente, hoje é dia 13 e o tempo não espera.

E como isto de procurar e de tanta indecisão, se torna cansativo, o melhor que fiz foi comprar uma no supermercado e forrá-la com os papéis da Martha Stewart e os galões que para aqui encontrei.

Gosto dela, não por ser particularmente gira, mas porque foi feita com estas mãozinhas, que de fada não têm mesmo nada..